Viradouro conquistou o público com enredo ‘De alma lavada’

A Viradouro fez um desfile impecável na Sapucaí, contando a história das ganhadeiras da Bahia. Com carros grandiosos e ricos em detalhes e efeitos especiais, a escola foi muito aplaudida.
Já na comissão de frente, formada só por mulheres, a escola de Niterói causou impacto. O carro abre-alas, composto por três alegorias, também deslumbrou o público. No primeiro, a nadadora Anna Veloso representava uma sereia literalmente mergulhada em um tanque com sete mil litros de água mineral.

“Só uma atleta com muito preparo físico poderia estar ali. Mas quando fica escondido o tanque, é hora dela respirar”, explicou o coreógrafo Alex Neoral.

A parte final do abre-alas também estava abastecida de água, mas com perfume.

Muitas alas da escola tinham componentes maquiados com as cores de suas fantasias. O belo acabamento das roupas, que permitiam uma evolução leve dos componentes, contou a favor da escola.
Segundo a diretora de coreografia, Luciene Altman, seis alas estavam coreografadas. A das Pitas interagia bastante com o público. Assim como a da Procissão.

Um deslize da Viradouro foi um defeito no último carro, cujas luzes dos refletores falharam. Mas o efeito do movimento dos braços das ganhadeiras levantando a roupa do cesto foi um diferencial.
A bateria do mestre Ciça fez um espetáculo à parte, com várias paradinhas durante o desfile.