Apoio da população é fundamental para reverter queda no número de doadores nos bancos de sangues do Governo de Goiás na capital e no interior. Segundo a diretora técnica da unidade, Ana Cristina Novais, este é o pior cenário enfrentado desde o início da pandemia
Com aumento de casos de Covid-19 e unidades de saúde, demanda de hemocomponentes também cresce Thalita Braga (texto e foto)/Idtech
A Hemorrede Pública de Goiás registrou em fevereiro um déficit de 49% em seus estoques de sangue e hemocomponentes. Segundo a diretora técnica da unidade do Governo de Goiás, Ana Cristina Novais, este é o pior cenário enfrentado desde o início da pandemia. “O número de doadores voluntários caiu, e estamos com a coleta 32% abaixo do ideal”, alerta Ana Cristina.
“Isso é reflexo de uma série de fatores: redução da idade máxima para ser um voluntário de 69 para 59 anos, diminuição das coletas externas, visto que muitas empresas estão fechadas devido ao decreto municipal para enfrentamento da Covid-19, além do alto número de pessoas que estão inaptas por terem tido contato com pessoas com Covid nos últimos 14 dias ou que tiveram a doença e ainda não completaram 30 dias sem os sintomas”, explica a diretora técnica.
Ana Cristina também destaca que houve um aumento considerável da demanda de sangue pelas unidades de saúde do Estado. “Neste período do ano, temos um aumento relacionado a casos de hemorragias digestivas, atendimento aos hospitais de urgência. Além disso, houve uma ampliação do número de hospitais no Estado para atendimento de pacientes com Covid, o que também elevou a procura de hemocomponentes”, afirma.
A diretora técnica lembra que para fazer uma doação de sangue é necessário estar saudável, ter peso acima de 50 kg, apresentar documento com foto válido em todo o território nacional e idade entre 16 e 59 anos – antes de completar 18 anos, é necessária uma autorização dos pais ou responsáveis. A orientação é que doadores acima de 60 anos fiquem em casa, pois são pessoas do grupo de risco do coronavírus.
Quem tomou a vacina da febre amarela deve aguardar 30 dias para fazer uma doação. Já para vacina contra gripe, o prazo é de 48 horas. No caso da vacina contra o coranvírus, é preciso esperar 48 horas após, no caso da Coronavac ou Covaxin, e sete dias após, no caso da aplicação das demais vacinas.
Pessoas que tiveram contato com pacientes infectados ou com suspeita de covid-19 devem ficar 14 dias sem poder doar. Já para quem foi considerado caso suspeito ou confirmado, o prazo de inaptidão é de 30 dias após a remissão dos sintomas.
Doação agendada
Antes de sair de casa para doar sangue, é essencial que o voluntário faça o agendamento, pelo site agenda.hemocentro.org.br ou pelo telefone 0800 642 0457. “O agendamento é uma medida para evitar aglomerações, como ação de segurança para o doador diante da pandemia da Covid-19”, destaca Ana Cristina.
O agendamento garante celeridade ao atendimento nas unidades de todo o Estado. É possível também fazer doação de sangue em casam solicitando a unidade móvel do Hemocentro no condomínio com grupo de 60 pessoas.
Serviço
Onde doar – Hemocentro Coordenador Estadual Professor Nion Albernaz
Endereço – Avenida Anhanguera, nº 5.195, Setor Coimbra, em Goiânia, e unidades da Hemorrede no interior do Estado (Rio Verde, Jataí, Catalão, Ceres, Iporá, Quirinópolis, Formosa e Porangatu)
Quando doar – de segunda a sexta-feira, das 8 às 18 horas.
Como solicitar a unidade móve – (62) 3201-4570/41.01 ou hemocentro.captacao@idtech.org.br