Ao contrário de acelerar o processo de liberação de vacinas, a Medida Provisória aprovada pelo Congresso pode ter resultado oposto. A percepção na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é de que alguns laboratórios deixarão de cumprir o rito de apresentação de documentos, apostando no cumprimento da exigência do prazo 5 dias para a liberação, constante da norma. Mas a MP pode levar até um mês para ser sancionada, se não houver veto.
A expectativa de uso da vacina russa Sputinik V encaixa-se nesta regra. Não avançou a reunião entre o laboratório União Química e a Anvisa na última sexta-feira. As exigências de entrega de documentos sobre o imunizante russo não foram cumprida e, até o momento, não há qualquer pedido de uso emergencial encaminhado à Anvisa.
A Agência se dedica a dois pedidos de registro definitivo de vacinas: Fiocruz e Pfizer. Ainda esta semana pode sair a resposta da Anvisa ao pedido de estudo da indiana Covaxxin, do laboratório Bharat Biotech.