Os voluntários do Distrito Federal começaram a receber as doses de teste da vacina contra Covid-19 desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac Biotech nessa quarta-feira (5/8). Cinco servidores do Hospital Universitário de Brasília que atuam na linha de frente de combate ao novo coronavírus foram os primeiros a receber a imunização. A expectativa do coordenador dos ensaios clínicos em Brasília, Gustavo Romero, é incluir o restante dos outros 850 voluntários nos próximos dois meses.
“A expectativa é aplicar a vacina num período de 4 a 8 semanas nos 850 participantes que serão incluídos. O auge de aplicação das doses será com 20 a 40 participantes por dia”, adiantou o professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília (UnB). Nesta quinta (6/8), outros cinco voluntários devem receber a Coronavac, como a candidata à vacina contra o novo coronavírus vem sendo apelidada.
Ao todo, 25 profissionais do HUB vão cuidar da inclusão de voluntários no projeto de testes da vacina no DF e do acompanhamento da saúde deles. Eles têm a missão de conduzir os exames e as aplicações do método de imunização no tempo mais rápido e seguro possível, sem descuidar dos protocolos científicos que fazem parte de uma pesquisa deste porte. A saúde dos voluntários será acompanhada pelos próximos 12 meses, e a previsão de duração do projeto é de 14 meses.
Antes de receberem a dose, os voluntários passam por uma detalhada consulta médica com avaliação de sinais vitais, coleta de exames, teste rápido e coleta de amostra para a realização do RT-PCR (teste de detecção genômico do novo coronavírus).
A vacina está na terceira e última fase de estudos, quando eficácia e segurança são avaliadas em milhares de pessoas. No Brasil, os testes estão sendo realizados em 12 centros de pesquisa e são coordenados pelo Instituto Butantan. Ao todo, nove mil brasileiros participarão dos ensaios clínicos da Coronavac.
Para se candidatar aos testes realizados no Hospital Universitário de Brasília (HUB-UnB-EBSERH), na Asa Norte, os interessados precisam comprovar que trabalham em serviços de saúde atendendo a pacientes com Covid-19. Por integrar a linha de frente no combate à doença, eles estão mais expostos à infecção, condição que contribui para saber mais rapidamente se o método de imunização é seguro e eficiente contra o vírus.
Larissa Bragança foi a 3ª voluntária a receber Coronavac, que está sendo testada no DFHugo Barreto/ Metrópoles
Ela trabalha no UTI do Hospital UniversitárioHugo Barreto/ Metrópoles
A médica Larissa Bragança, de 33 anos, foi a terceira voluntária a receber a candidata à imunizaçãoHugo Barreto/ Metrópoles
No DF, o ensaio clínico da vacina está sob a responsabilidade do professor Gustavo RomeroJacqueline Lisboa/Especial Metrópoles
O primeiro voluntário foi o médico Gabriel Ravazzi, que trabalha no HUBJacqueline Lisboa/Especial para o Metrópoles
Ao todo, 850 voluntários do DF participarão dos testes da vacinaFrancisco Willian Saldanha/Ascom Hub
Ela está na fase 3, a última antes de ser aprovada Jacqueline Lisboa/Especial Metrópoles
Gabriel, no momento, em que recebeu a vacina
Larissa Bragança foi a 3ª voluntária a receber Coronavac, que está sendo testada no DFHugo Barreto/ Metrópoles
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