OMinistério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) investiga possíveis irregularidades cometidas na aquisição de testes de Covid-19 pelo Governo do Distrito Federal. Uma megaoperação foi deflagrada nesta quinta-feira (02/07) no DF e em mais sete estados: Goiás, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Bahia e Espírito Santo. A ação teve apoio da Polícia Civil de cada região.
Batizada de “Falso negativo”, a operação cumpre 81 mandados de busca e apreensão. O Laboratório Central da Secretaria de Saúde do DF é um dos alvos dos investigadores, além da sede da pasta, na Asa Norte. Buscas também são feitas nas residências de servidores.
A compra, com dispensa de licitação, foi feita por servidores da pasta. Há indícios de que o grupo trocou as marcas dos testes, usando uma de baixa qualidade, deixando o resultado dos exames comprometido.
Testes rápidos de coronavírusHUGO BARRETO/METRÓPOLES
Segundo a Sala de Situação, quatro insumos para a testagem estão zerados no DF Rafaela Felicciano/Metrópoles
Lote mais barato teve unidade ao valor de R$ 73, enquanto o mais caro custou R$ 186 Rafaela Felicciano/Metrópoles
Testes rápidos comprados pela Secretaria de Saúde tiveram diferença de 154% nos preços unitários Rafaela Felicciano/Metrópoles
GDF comprou testes para testagem em massa com diferença de 154% nos preçosRafaela Felicciano/Metrópoles
Profissional da saúde colhe material para teste rápido de Covid-19Rafaela Felicciano/Metrópoles
Testes rápidos de coronavírusHUGO BARRETO/METRÓPOLES
Segundo a Sala de Situação, quatro insumos para a testagem estão zerados no DF Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Além do falso negativo, há indício de superfaturamento na compra dos testes rápidos. São investigados os crimes de fraude a licitação, contra a ordem econômica, organização criminosa e corrupção ativa e passiva.
Acionada, a Secretaria de Saúde ainda não se manifestou.