Os estudantes da rede pública de ensino do DF terão mais tempo para se ambientar às aulas remotas. A Secretaria de Educação decidiu estender o prazo para registrar a frequência: em vez da próxima segunda-feira (29/06), ela começa a valer a partir de 14 de julho.
A mudança, segundo informações da Secretaria de Educação, é para que os estudantes tenham mais tempo para se ambientar às aulas mediadas pelo Escola em Casa DF, que começaram na última segunda-feira (22/06), porém, sem o registro da frequência.
O calendário originalmente proposto será reformulado de forma a se readequar a esta decisão. Ele será divulgado oportunamente à comunidade escolar.
De acordo com a Secretaria de Educação, as escolas e os professores devem manter a agenda de reuniões de esclarecimentos dos estudantes e seus familiares, além de prosseguirem o mapeamento daqueles que ainda não compareceram, de forma a inclui-los no Escola em Casa DF.
O Sindicato dos Professores do DF é contra o modelo de ensino a distância por não considerá-lo inclusivo. De acordo com a entidade, 120 mil alunos não têm acesso aos meios tecnológicos. “É uma total exclusão desses alunos. As atividades impressas não irão garantir a aprendizagem desses alunos. O que vai acontecer é a disseminação do vírus com esse vaivém de papéis”, ressaltou o diretor do sindicato, Samuel Fernandes.
A Secretaria de Educação promete lançar, na próxima semana, um aplicativo, desenvolvido em parceria com a Universidade de Brasília (UnB), para possibilitar o acesso dos estudantes sem internet apenas com um telefone e chip ativo em seus celulares. A pasta informa ainda que estão em tratativas finais a contratação de um pacote de dados com cobrança reversa, além de canais de TV para a transmissão das teleaulas.
Suspensas desde 11 de março em virtude da pandemia do novo coronavírus, as aulas para 460 mil estudantes dos ensinos fundamental e médio da rede pública do Distrito Federal foram retomadas na segunda-feira (22/06) de um jeito diferente: por videoaulas na TV e internet.
Como o Metrópoles mostrou, embora a Secretaria de Educação esteja ofertando pacotes de dados gratuitos a docentes e professores de todas as etapas e modalidades para que o trabalho possa ser realizado, problemas de acesso e muitas dúvidas marcaram o início das aulas remotas. Pais reclamaram que os filhos não conseguiram o código para entrar nas videoaulas e também se mostram preocupados ou com a instabilidade da internet ou por não terem meios digitais em casa.