Ouso de máscara nas ruas reduziu a curva de contágio do novo coronavírus em 28% no Distrito Federal. Segundo pesquisa do Governo do Distrito Federal, o equipamento de proteção individual (EPI) evitou a ocorrência de pelo menos 4.918 novos casos da doença.
De acordo com o subsecretário de Inovação da Casa Civil do DF, Paulo Medeiro, a referência para o cálculo da curva seria o número de casos registrados até 15 de junho, data planejada pelo Executivo distrital ao reforço completo da rede pública de saúde para o tratamento da pandemia.
Pelas projeções do governo, no começo da crise, quando todas as atividades foram suspensas e a participação da população no isolamento social era maciça, a previsão era de o DF atingir 4.175 casos de Covid-19 em 15 de junho. O achatamento da curva foi de 18%.
Com a abertura das lotéricas e outras flexibilizações nas medidas restritivas, a curva saltou para 17.615 pessoas contagiadas. “Quando entraram as máscaras, nós passamos para 12.697”, informou Medeiro. Ou seja, o impacto foi mais expressivo do que o próprio isolamento social. No sentido em que protege vidas e permite a retomada de atividades econômicas e sociais.
Mas mesmo assim, segundo Medeiro, a população deve continuar evitando aglomerações e saindo de casa apenas quando for realmente necessário.
“O uso das máscaras é extremamente importante. Por isso a gente tem insistido nisso”, destacou. Essa foi a razão, explica, de o o GDF ter buscado conscientizar a população sobre a importância do uso do item individual de proteção.
Confira como se dá a contaminação pela Covid-19 em ambientes com interação social:
Com exceção das pessoas com necessidades especiais, o uso de máscara é obrigatório no DFHugo Barreto/Metrópoles
Máscaras causaram achatamento de 28% na curva de contaminação do novo coronavírus no DF Rafaela Felicciano/Metrópoles
Pelas estimativas do GDF, máscaras preservaram a saúde de 4 mil pessoas, pelo menos Hugo Barreto/Metrópoles
Com exceção das pessoas com necessidades especiais, o uso de máscara é obrigatório no DFHugo Barreto/Metrópoles
Máscaras causaram achatamento de 28% na curva de contaminação do novo coronavírus no DF Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Salvando vidas
A retomada das atividades econômicas vai levar ao aumento da projeção. Contudo, segundo Paulo Medeiro, a curva de contágio da Covid-19 ainda está controlada. O efeito da volta do comércio será calculado a partir de duas semanas.
Pelas projeções da Casa Civil, se o governo não tivesse adotado as medidas restritivas ao logo da pandemia, a Covid-19 teria matado 3.500 pessoas, entre o começo da crise e a última quinta-feira, quando já tinham 8,3 mil casos registrados da doença no DF.
Se a curva de contágio do novo coronavírus não for achatada no pico da pandemia, o sistema de saúde não tem capacidade de tratamento de todos os indivíduos que adoecem simultaneamente. Em outras palavras, os hospitais entram em colapso.
Ao achatar a curva, a sociedade consegue garantir o acesso dos doentes ao tratamento, diminuindo o número de mortes. A medida também assegura o cuidado de pacientes com outras enfermidades e traumas nos hospitais.
“De todas as doenças que eu já vi, essa é a que tem uma taxa de letalidade mais alta em um prazo muito curto. A gente precisa ter muito cuidado com essa doença”, adverte.