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Após ter “QG” descoberto, 300 do Brasil se instala em outro ponto do DF
29/05/2020 11:07 em Novidades

Após ter “QG” descoberto, 300 do Brasil se instala em outro ponto do DF

Parte do grupo segue instalado em local fixo na Esplanada dos Ministérios, em frente ao Ministério da Justiça

IGO ESTRELA/METRÓPOLES

ATUALIZADO 29/05/2020 10:59

APolícia Civil do Distrito Federal investiga qual é o novo local de concentração do grupo formado por integrantes da extrema direita e intitulado “300 do Brasil”. Os investigadores também trabalham para identificar e qualificar o papel de cada integrante no movimento. As autoridades pretendem determinar como funciona a logística, administração e de onde vem o dinheiro que financia o acampamento. Parte dos manifestantes segue com um ponto fixo na Esplanada dos Ministérios, em frente ao Ministério da Justiça.

Conforme o Metrópoles revelou nesta semana, o último lugar identificado nos relatórios de inteligência era em uma chácara (foto principal) no Núcleo Rural Rajadinha, entre as regiões administrativas do Paranoá e de Planaltina.

O imóvel que extremistas usaram como base pertence a um oficial aposentado do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal (CBMDF), o tenente Altamiro Rajão. O terreno entrou no radar do Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT), que chegou a pedir o cumprimento de mandados de busca e apreensão no local. A investigação fez com que os militantes deixassem o local.

Em entrevista, Rajão contou ter sido procurado recentemente por um amigo ativista que apoia o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que perguntou se o lugar poderia hospedar, temporariamente, um grupo de pessoas de outros estados que viria para Brasília participar de uma manifestação.

 

Ao perceber que eram pessoas a favor de Bolsonaro, o bombeiro aposentado permitiu que o grupo usasse as instalações de forma gratuita. “Entretanto, fui surpreendido pelas redes sociais com a informação de que o local serviria como uma espécie de QG para treinamento paramilitar. Prontamente desautorizei tal iniciativa, pedindo que o grupo permanecesse apenas naquele final de semana”, afirmou.

Veja imagens da propriedade:

 
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No entanto, o militar ressaltou que dezenas de pessoas de outros estados permaneceram nas instalações por quase uma semana, mas sem qualquer envolvimento com integrantes do 300 do Brasil.

“Continuarei defendendo e apoiando o governo Bolsonaro, a governabilidade do Brasil, a liberdade de manifestação e de imprensa. Mas não comungo com qualquer espécie de ação contra as instituições, a democracia e os poderes constituídos”, disse o militar. “Portanto, não temos vínculo nenhum com grupos paramilitares e muito menos estimulamos a desordem nacional”, acrescentou.

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