APolícia Civil do Distrito Federal investiga qual é o novo local de concentração do grupo formado por integrantes da extrema direita e intitulado “300 do Brasil”. Os investigadores também trabalham para identificar e qualificar o papel de cada integrante no movimento. As autoridades pretendem determinar como funciona a logística, administração e de onde vem o dinheiro que financia o acampamento. Parte dos manifestantes segue com um ponto fixo na Esplanada dos Ministérios, em frente ao Ministério da Justiça.
Conforme o Metrópoles revelou nesta semana, o último lugar identificado nos relatórios de inteligência era em uma chácara (foto principal) no Núcleo Rural Rajadinha, entre as regiões administrativas do Paranoá e de Planaltina.
O imóvel que extremistas usaram como base pertence a um oficial aposentado do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal (CBMDF), o tenente Altamiro Rajão. O terreno entrou no radar do Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT), que chegou a pedir o cumprimento de mandados de busca e apreensão no local. A investigação fez com que os militantes deixassem o local.
Em entrevista, Rajão contou ter sido procurado recentemente por um amigo ativista que apoia o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que perguntou se o lugar poderia hospedar, temporariamente, um grupo de pessoas de outros estados que viria para Brasília participar de uma manifestação.
Ao perceber que eram pessoas a favor de Bolsonaro, o bombeiro aposentado permitiu que o grupo usasse as instalações de forma gratuita. “Entretanto, fui surpreendido pelas redes sociais com a informação de que o local serviria como uma espécie de QG para treinamento paramilitar. Prontamente desautorizei tal iniciativa, pedindo que o grupo permanecesse apenas naquele final de semana”, afirmou.
Veja imagens da propriedade:
As torres são semelhantes às que existem em campos de treinamento da Polícia Federal
O local ocupado pelo 300 fica no núcleo rural RajadinhaRafaela Felicciano/Metrópoles
O local conta com alojamentos e cozinhaRafaela Felicciano/Metrópoles
O Ministério Público chegou a pedir mandado de busca e apreensão no localRafaela Felicciano/Metrópoles
O local conta com torres de treinamento de entrada e incursão militarRafaela Felicciano/Metrópoles
A propriedade fica cercada por florestas e morros Rafaela Felicciano/Metrópoles
O acampamento conta com duas torres de treinamento militarRafaela Felicciano/Metrópoles
A PCDF abriu inquérito para investigar a ação do 300 do BrasilRafaela Felicciano/Metrópoles
As torres são semelhantes às que existem em campos de treinamento da Polícia Federal
O local ocupado pelo 300 fica no núcleo rural RajadinhaRafaela Felicciano/Metrópoles
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No entanto, o militar ressaltou que dezenas de pessoas de outros estados permaneceram nas instalações por quase uma semana, mas sem qualquer envolvimento com integrantes do 300 do Brasil.
“Continuarei defendendo e apoiando o governo Bolsonaro, a governabilidade do Brasil, a liberdade de manifestação e de imprensa. Mas não comungo com qualquer espécie de ação contra as instituições, a democracia e os poderes constituídos”, disse o militar. “Portanto, não temos vínculo nenhum com grupos paramilitares e muito menos estimulamos a desordem nacional”, acrescentou.