Aluno de cinco anos veste capa de chuva só para abraçar professora
Ela estava na escola para entregar o material para atividades extras que os pais estão fazendo com as crianças em casa durante o isolamento
ATUALIZADO 24/05/2020 17:09
Uma professora de Jaú, no interior de São Paulo, foi surpreendida por um de seus alunos, de apenas 5 anos, que se protegeu com uma capa de chuva para poder abraçá-la na porta da escola. As informações são do G1.
“Fazia 60 dias que não via meus alunos, mas não imaginava um carinho desse”, lembra a professora Débora Barros. A homenagem ocorreu na última quarta-feira (20/05).
Ela estava na escola para entregar o material para atividades extras que os pais estão fazendo com as crianças em casa por causa da quarentena necessária como medida de prevenção ao coronavírus.
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“O dia começou triste porque fazia 60 dias que eu não ia até o prédio da escola e eu sabia que ia chegar lá e estaria vazio. Minha esperança era ver minhas crianças, pelo vidro do carro, se os pais levassem e quando eu vi o João Vicente todo ‘plastificado’ com os bracinhos abertos para me abraçar foi muito emocionante. Foi o dia mais emocionante da minha carreira até agora”, conta.
Débora dá aulas há 1 ano e meio e tem duas turmas na escola em Jaú com crianças de 5 a 6 anos. A professora contou em entrevista ao G1 que o abraço era um ato de carinho recorrente na sala de aula e ficou muito feliz em ver retribuído naquele momento todo o amor que ela procura passar para os alunos na sala de aula.
A ideia da proteção improvisada com a capa de chuva foi da mãe de João Vicente Peres de Oliveira, para ajudar o filho com o desejo de ganhar um abraço da docente e, ainda assim, manter o garoto em segurança conforme as medidas de isolamento social necessárias para combater o avanço do coronavírus.
“Quando eu recebi a mensagem para buscar o material já comecei a pensar no que eu poderia fazer para o João Vicente poder ver a professora, porque ele tem muita saudade. Todo dia pergunta se o coronavírus foi embora para ele poder colocar uniforme e ir para escola”, destaca Mariana Vendrame peres.