Contra o novo coronavírus, assim como para qualquer doença infeciosa, a solução definitiva depende de uma vacina. Mas o mundo ainda não tem qualquer candidata a curto prazo.Americanos e chineses anunciaram nos últimos dias avanços no desenvolvimento de vacinas contra a Covid-19. Mas até agora não há sinal claro de que, no mais otimista dos cenários, estará disponível em grande escala para a população antes do prazo de 18 meses, estimado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) no fim de janeiro.
Da China aos Estados Unidos, à medida que se propaga, o novo coronavírus expõe a debilidade de governos em lidar com uma crise de saúde que contamina a economia global. Um inimigo para o qual as armas de sempre não funcionam. Vírus não se intimidam com sanções, arroubos autoritários e outros mecanismos de pressão política.
Pandemia ou não, o vírus da Covid-19 aportou, sem surpresa alguma, no Brasil, e um número crescente de especialistas a considera fora de controle. Um dos mais conceituados, o chefe do Departamento de Epidemiologia da Universidade Harvard, Marc Lipsitch, acredita que o vírus veio para ficar por um bom tempo. Isso quer dizer que, provavelmente, ele infectará a nós ou a alguém que conhecemos.