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Esposas de presos de Planaltina pedem dignidade para detentos, na Alego
Governo
Publicado em 03/12/2019

Esposas de presos de Planaltina pedem dignidade para detentos, na Alego

Situação se arrasta desde novembro, com denúncia de falta de itens de higiene, não observação da progressão de pena e até mesmo falta de comida


Francisco Costa
Do Mais Goiás | Em: 03/12/2019 às 17:57:21

Foto: Mais Goiás

Foto: Mais Goiás

 

 

As esposas (e outros parentes) dos presos do presídio de Planaltina estiveram no plenário da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) para pedir dignidade aos internos. Na galeria da Casa, elas gritavam palavras de ordem e encontraram, na voz do deputado Karlos Cabral (PDT), um tradutor. O pedetista utilizou o momento de discussão de matéria para transmitir as demandas das presentes. “Podem me falar que eu dou voz a vocês.”

Na galeria, estavam mulheres com faixas que denunciavam “presos passando fome e sendo maltratados”, “filhos não reconhecem mães”, “pela dignidade da pessoa humana” e “outras”. Elas representavam internos do presídio de Planaltina. Segundo transmitido, via Karlos Cabral, os maridos das presentes tinham sido transferidos sem ordem judicial e não estão tendo dignidade.

“Sofrendo tortura, não tem escova de dente, pasta, sabonete, filhos não podem abraçar os pais, vivendo situação desumana, as visitas do parlatório têm sido gravadas, a água não tem condição de ser utilizada, progressão de pena não está sendo cumprida, remissão de pena”, ditou o pedetista, enquanto lhe eram repassadas as denúncias da galeria. Além, disso as presentes afirmaram que os agentes têm falado palavras de baixo calão no local, inclusive para crianças que vão visitar os internos.

 

Em novembro, o assunto foi tema de matérias publicadas no Mais Goiás. Uma advogada que atua na área criminal e representa os presos fez uma denúncia das condições enfrentadas por eles. Como forma de protesto, os internos estão em greve de fome, não saíam para o banho de sol diário, tampouco para atendimento com advogados. Nove dias depois, nova denúncia foi feita. Dessa vez por uma representante da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO) responsável por realizar vistoria no presídio de segurança máxima no Entorno do Distrito Federal (DF). Segundo ela, uma transferência de presos para o presídio de Planaltina e para o Núcleo de Custódia do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia foi feita sem ordem judicial.

Na tarde desta terça-feira (3), Karlos Cabral disse, ainda, que as esposas têm todo o direito de se manifestar e que os parlamentares farão o que puder para ajudar. Cláudio Meirelles (PTC), pediu a palavra e apontou que lá é um presídio de segurança máxima e que o prédio, quando inaugurado, ainda não estava pronto. E mais: no local tem presos que ainda nem foram julgados.

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