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Pílula que se transforma em balão gástrico promete mesmos efeitos de bariátrica
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Publicado em 25/10/2018

Pílula que se transforma em balão gástrico promete mesmos efeitos de bariátrica

 

Vídeo com o medicamento viralizou nas redes sociais. Médico explica a eficácia e riscos do método, que ainda não tem previsão de ser adotado no Brasil

Para ser feita uma cirurgia bariátrica, indicada para pacientes com obesidade ou outras doenças paralelas, os médicos avaliam quatro critérios: idade, índice de massa corporal, outras doenças associadas e o tempo de doença. O ‘candidato à cirurgia’, deve ter entre 18 e 65 anos e índice de Massa Corporal (IMC) igual ou superior a 40 kg/m². Deve ter tido falha de tratamento clínico realizado por pelo menos dois anos. Além disso, a pessoa não pode apresentar algumas situações específicas, como limitação intelectual e distúrbios psiquiátricos.

A transformação estética de um paciente que realiza a cirurgia bariátrica é visível em pouco tempo. Por isso, muita gente que não precisaria fazer o procedimento tem a ilusão de que se ‘encaixaria’ nesses critérios médicos. Recentemente começou a circular um vídeo mostrando uma espécie de pílula que, ao ser ingerida, se transforma em balão gástrico. Os internautas ficaram empolgados com a possibilidade do método pouco invasivo.

A pílula-balão é uma alternativa para a cirurgia bariátrica, porém, para casos específicos. Ambos tem como finalidade o tratamento da obesidade, e tanto a cirurgia quanto o balão possuem particularidades que devem ser avaliadas individualmente. Esse balão se apresenta como uma alternativa, mas não substitui a cirurgia bariátrica em muitos casos.

Riscos

O médico Marcos Belotto, gastrocirurgião do Hospital Sírio Libanês, explicou questões a respeito da ‘pílula bariátrica’. “Por tratar-se de um método novo, os dados sobre sua segurança ainda são pouco conhecidos. Apesar disso, sabe-se que, por tratar-se de um corpo estranho no interior do estômago, o paciente pode apresentar desde náuseas e dor abdominal discreta, até o desenvolvimento de úlceras, sangramento gástrico e obstrução intestinal por migração do balão, quadros importantes e de risco à saúde do paciente, exigindo a retirada imediata dos balões”.  O médico informa que “quando o dispositivo é bem tolerado, porém, os estudos usados para sua aprovação e o fabricante relatam perda de peso variável, devendo ser associado à dieta e exercícios físicos, como ocorre na cirurgia bariátrica”.

Marcos Belotto conclui destacando que o paciente deve ser previamente esclarecido e preparado para adequações alimentares e de estilo de vida no pós-operatório. “Além de ser acompanhado por equipe multidisciplinar. É fundamental que ocorra adesão à dieta, realização de atividade física e outros cuidados, como tratamento de transtornos psiquiátricos, situações que frequentemente se associam com o retorno do sobrepeso”, conclui.

 

 

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