Temer convoca reunião para discutir alta no preço dos combustíveis
Diante do desgaste político provocado pela paralisação de caminhoneiros em 18 estados, presidente se reúne com quatro ministros no Planalto.
O protesto de caminhoneiros contra o aumento dos combustíveis, em especial do diesel, que afetou diversas rodovias do país nesta segunda-feira, ainda causa transtornos em estradas importantes no início da noite, horário de em que registra movimento intenso. As operações de recepção e entrega de mercadorias nos terminais do Porto de Santos, o maior do país, também continuam comprometidas pelo protesto.
Na parte da manhã, a categoria realizou atos em dez estados do país. Além da redução do preço do diesel, os caminhoneiros pedem isenção de tributos como forma de baratear o preço dos fretes. A categoria já havia prometido a paralisação para a semana passada se uma série de reivindicações apresentadas ao governo Michel Temer (MDB) não fosse atendida. Até as 16h30, as manifestações de caminhoneiros já atingiam 18 estados e causavam 107 pontos de interdição em rodovias federais de todo o Brasil. Paraná, Minas Gerais e Bahia são os estados mais atingidos.
A rodovia Régis Bittencourt, que liga São Paulo à Região Sul do país, foi interditada no fim da tarde na altura do quilômetro 279, em Embu das Artes (Grande São Paulo) nos dois sentidos — São Paulo e Curitiba. Segundo informações da Arteris, concessionária responsável pela via, os manifestantes atearam fogos em pneus para impedir o tráfego, mas veículos de passeio conseguem passar por um desvio lateral na pista. Também há uma interdição total no quilômetro 477, em Jacupiranga (SP) no sentido Curitiba.