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TSE abre código-fonte da urna eletrônica para ‘hackers do bem’
Governo
Publicado em 05/10/2023

05-10-2023

O Tribunal Superior Eleitoral abriu na manhã desta quarta-feira, 4, o código-fonte da urna eletrônica para inspeção. Essa ação acontece com um ano de antecedência das eleições municipais de 2024, com o objetivo de permitir que entidades fiscalizadoras possam verificar o desempenho do sistema eletrônico de votação.

O presidente da Corte, ministro Alexandre de Moraes, afirmou que a inspeção vai reafirmar o que ‘sempre o TSE afirmou e demonstrou’. “Não há vulnerabilidade nas urnas”, reiterou.

 

Segundo o ministro, os ‘hackers do bem’ poderão analisar o código-fonte para ‘atestar novamente a invulnerabilidade e a total transparência, com segurança, que as urnas fornecem aos eleitores’.

“Temos a partir desse início do ciclo de transparência democrática a reafirmação de que o TSE está sempre aberto a todos que queiram auxiliar, fiscalizar, melhorar a forma como nós exercemos a nossa democracia. Com a certeza que, em 2024, teremos mais uma eleição com total tranquilidade e transparência para que possamos solidificar mais nossa democracia”, indicou Moraes.

O ministro lembrou que celebra-se, nesta quinta-feira, 5, os 35 anos da Constituição de 1988. Ele ressaltou que trata-se do maior período de estabilidade democrática desde o início da República. Além disso, reafirmou que as urnas eletrônicas são ‘motivo de orgulho nacional’.



“Amanhã completa-se 35 anos da Constituição com estabilidade democrática, eleições periódicas e a certeza de que o Brasil tem o sistema mais eficiente, invulnerável e transparente de votação do mundo”, frisou.

Com a abertura do código-fonte dá-se início ao ciclo de transparência das eleições 2024, no qual entidades poderão fiscalizar o sistema eletrônico de votação em 40 oportunidades distintas. Antigamente, o código ficava disponível para auditoria seis meses antes do pleito. Nas eleições de 2022, o período de fiscalização aumentou para um ano.

 

a cerimônia realizada nesta quarta, o TSE destacou que o sistema eletrônico de votação é ‘seguro, transparente, auditável, inovador, célere e inclusivo’. Moraes indicou que a verificação do código-fonte das urnas nada mais é do que a análise dos comandos que determinam como o equipamento funciona, desde o voto até a contagem.

O Tribunal já está aceitando agendamentos para que as organizações autorizadas a fiscalizar as urnas possam realizar a verificação, em um espaço específico na sede da Corte eleitoral – as Forças Armadas e o Supremo Tribunal Federal foram excluídos da lista.



O TSE convidou mais universidades para auditar o sistema de votação eletrônica. Em 2022, participaram da verificação a Universidade de São Paulo, Universidade Estadual de Campinas, a Universidade Federal de Pernambuco e Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Estadão Conteúdo

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