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PF não vê relevância em celular de Bolsonaro e foca em aparelhos de Wassef e Jair Renan
Governo
Publicado em 25/08/2023

24-08-2023

A Polícia Federal deu mais um passo crucial na sua análise dos dados contidos nos celulares apreendidos no círculo íntimo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). De acordo com informações obtidas, os investigadores agora estão concentrando seus esforços nos dispositivos pertencentes a duas figuras próximas a Bolsonaro: o advogado Frederick Wassef e Jair Renan, o filho caçula do ex-presidente.

A análise desses celulares tem o potencial de abrir novos horizontes e direções nas investigações já em andamento pela Polícia Federal.

 
 

Frederick Wassef, conhecido como advogado da família Bolsonaro, foi alvo de uma operação de busca e apreensão na semana passada. As suspeitas recaem sobre sua possível participação em um esquema envolvendo a venda e recompra de relógios recebidos por Bolsonaro em viagens oficiais durante seu mandato presidencial.

Os investigadores encontraram quatro aparelhos celulares durante a busca realizada nas propriedades de Wassef. Um desses dispositivos era utilizado exclusivamente pelo advogado para se comunicar com Jair Bolsonaro.

Fontes próximas à investigação revelaram que a perícia nos celulares de Wassef já foi iniciada, embora o volume massivo de dados seja um desafio em si. Estima-se que o material armazenado nos dispositivos totalize mais de 1 terabyte, uma medida de capacidade equivalente a 1024 gigabytes.



O impressionante volume de informações identificado nas buscas é encarado pelos investigadores como um indício promissor de que os dados extraídos desses dispositivos podem fornecer subsídios valiosos para os inquéritos em curso na Polícia Federal.

Além do exame dos dispositivos de Wassef, a Polícia Federal também está empenhada em obter acesso aos celulares apreendidos com Jair Renan Bolsonaro, na manhã desta quinta-feira (24). O filho mais novo do ex-presidente foi alvo de uma operação conduzida pela Polícia Civil do Distrito Federal, que visa investigar um grupo suspeito de atividades como estelionato, falsificação de documentos, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro.

 

Durante a operação, um celular e um HD foram apreendidos em dois endereços distintos ligados a Jair Renan, localizados em Brasília e Balneário Camboriú (SC). A Polícia Federal tem planos de compartilhar o material obtido com as demais equipes de investigação envolvidas.

Redação AM POST

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