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Cirurgia plástica em homens cresce 283,3% em cinco anos
Nossa Região
Publicado em 21/03/2023

Goiânia - Nos últimos cinco anos, a quantidade de cirurgias plásticas feitas em homens cresceu de 72 mil/ano para 276 mil/ano. Os dados são da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e revelam um aumento de 283,33%. Isso significa dizer que pelo menos 31 homens passam por cirurgia plástica no Brasil a cada hora. No geral, as mais procuradas são blefaroplastia (a cirurgia feita nas pálpebras), lipoaspiração e correção de ginecomastia, quando há crescimento das mamas.

O cirurgião plástico William Pires explica que a falta de condicionamento físico e as mudanças alimentares durante a pandemia fez com que esse número aumentasse, principalmente entre 25 e 44 anos. Dados do Ministério da Saúde (MS) apontam, por exemplo, que 52,6% dos homens estavam acima do peso em 2021. Entre as novidades buscadas pelos homens, Pires afirma que está a Lipo HD masculina, que define abdômen, braços, coxas e que também é colocada gordura dentro do músculo para tonificar.


Cirurgião plástico William Pires (Foto: divulgação)


“Ainda existe sim um tabu, um preconceito de muitos homens, mas isso está sendo quebrado. Essa mudança acontece quando o homem entende que vai muito além da estética, é saúde, é autoestima. Eu falo que a cirurgia plástica é a cirurgia da autoestima. Muitas vezes temos homens que vão à academia, ao nutricionista, nutrólogo, contratam personal e malham muito, até, mas não conseguem os resultados exatamente como desejavam. Este homem procura a cirurgia para uma conquista que não foi possível de forma não cirúrgica”, completa o cirurgião.


Wagner Bertolini Mussalem fez lipo HD para realçar abdômen (Foto: Arquivo Pessoal)


Wagner Bertolini Mussalem, de 48 anos, é advogado e empresário e passou pela Lipo HD. “Sou um pouco vaidoso e agora a autoestima está lá em cima. Eu realizei um sonho que era deixar os gominhos mais realçados. Estou me sentindo super bem. Eu sempre malhei, mas agora malho ainda mais. A recuperação foi muito tranquila”, completa. O advogado diz que por enquanto não tem vontade de passar por outra cirurgia, mas que na mesma semana em que operou, outros dois amigos fizeram a mesma cirurgia. “Acho que preconceito não existe mais, todo mundo é vaidoso, mas ainda há muitas brincadeiras entre os homens. Acho que se a gente se sente incomodado, precisa mesmo fazer”, finaliza.

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