- 23/01/2023 12:25
- Atualizado em 23/01/2023 12:26
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Desde o anúncio conjunto dos presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e da Argentina, Alberto Fernández, no sábado 21, de que está em estudo a criação de uma moeda comum para a América do Sul, políticos e economistas têm demonstrado apreensão e alertado para os riscos da medida.
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A Argentina fechou 2022 com inflação na casa dos 95%, enquanto, no Brasil, o índice de inflação oficial medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) relativo aos 12 meses do ano passado foi de 5,79%.
Em postagens no Twitter, políticos, empresários e economistas criticaram a intenção da criação de uma moeda comum, especialmente pela crise econômica e política pela qual passa o país vizinho.
O deputado Paulo Martins (PL-PR) escreveu: “A moeda única com a Argentina será a maior imbecilidade do Brasil republicano. Aliás, será o seu fim.”
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[EMBED]https://twitter.com/PauloMartins10/status/1617230740344737799[/EMBED]
O empresário e escritor Flávio Augusto disse que se a iniciativa der errado “seria uma tragédia humanitária sem precedentes para o país”.
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O deputado estadual de SP, Alexandre Freitas (Podemos), falou que a moeda comum poderia “destruir” os resultados do Plano Real, criado em 1994, no governo de Itamar Franco, quando Fernando Henrique Cardoso era ministro da Economia, e levar o país à hiperinflação. “O fundo do poço é a única certeza que temos.”
O senador eleito Sergio Moro (União Brasil-PR) disse que “propor a moeda comum com a Argentina é cortina de fumaça para a inexistência, até o momento, de qualquer projeto substancial para a economia brasileira”.