Gustavo cobra transparência da Saneago e anuncia medidas para minimizar transtornos pela falta de abastecimento
27/10/2017 17:19 em Nossa Região

Aparecida de Goiânia 27 de outubro de 2017 – O prefeito de Aparecida concedeu coletiva de imprensa na manhã desta sexta-feira (28) para anunciar as medidas que serão tomadas a fim de garantir a qualidade dos serviços públicos no município, como a contratação de caminhões pipa e a perfuração de poços artesianos. “Em razão da emergência provocada pela falta de abastecimento de água em diversos bairros do município, paralisando inclusive serviços de atendimento nos setores da Saúde e da Educação, estamos estudando a possibilidade de decretar Situação de Emergência  no município” – pontua o prefeito.

Gustavo Mendanha explicou que a possível assinatura do decreto serviria para agilizar medidas para amenizar o problema da falta de abastecimento, como a contratação de caminhões pipa e também a perfuração de poços artesianos no município. Desta forma seriam garantidos o atendimento básico em serviços essenciais à população. “Nossa preocupação é principalmente com nossas crianças, nossos idosos e o atendimento nas unidades de saúde. A Prefeitura está fazendo a sua parte. Em reunião emergencial com todos os secretários foi definido um cronograma de ações para amenizarmos os problemas provocados pela falta de abastecimento” – completa.

Ele também aproveitou para cobrar da Saneago maior transparência tanto na divulgação dos critérios utilizados para definir o abastecimento e o racionamento em todas as regiões da região metropolitana e no município de Aparecida quanto no aviso prévio sobre quais bairros serão prejudicados. Durante a entrevista o prefeito sugeriu inclusive a possibilidade de a Saneago estar realizando um possível racionamento velado no município de Aparecida e cobrou maior respeito da empresa em sua relação com o município e com os moradores de Aparecida.

“Nossa preocupação vem do fato de a população não estar sendo orientada e nem sequer avisada a respeito dos racionamentos diários que acontecem em Aparecida. Neste sentido solicitei uma audiência com o presidente da Saneago, Jalles Fontoura, mas, em razão do falecimento de seu irmão, fui rebebido pelo diretor de Operações, Marco Tulio. Na ocasião coloquei uma série de questões sobre isso e ele não apenas se mostrou disposto como em poucos minutos já demonstrou resultados, divulgado na imprensa a lista de bairros que poderiam sofrer com a falta de abastecimento”.

A entrevista coletiva foi convocada em razão do anúncio da possível Situação de Emergência divulgado na última quinta-feira (26). No anúncio a Prefeitura explica reconhecer a dimensão da crise hídrica e que a escassez de água é uma realidade que incomoda a sociedade e ao poder público. Mas afirma que o desabastecimento nas residências e nos órgãos públicos do município é insuportável e cobra da Saneago sobre esta falta de transparência. “Claro que isso afeta todas as famílias e também a economia local – lembra o prefeito”.

“Estamos estudando um possível decreto de Estado de Emergência. Com ele poderemos agiliar juridicamente a contratação de caminhões pipa para levar a água e amenizar a vida do povo e das crianças que não podem ficar na escola. Estamos sem água também nas unidades de saúde. Imagine só, neste momento também ficarmos sem atendimento médico. Isso é terrível. Outra medida que iremos tomar será a perfuração de poços nessas unidades de saúde e também no restaurante popular, onde é feita a alimentação dos servidores da própria prefeitura.

Gustavo Mendanha explicou aos jornalistas sobre os transtornos causados na prestação de serviços de qualidade à população. “Em vários CMEIs as atividades estão sendo suspensas. Em algumas unidades de saúde o atendimento está comprometido, como na Maternidade Marlene Teixeira. Vários órgãos públicos correm risco de ter que paralisar o atendimento à população e a até mesmo as refeições para os servidores da prefeitura foram suspensas por causa da falta de água. Diante disso estou estipulando o prazo de uma semana para averiguarmos se as medidas surgiram efeito. De qualquer forma o decreto também serviria de alerta à população, que também precisa fazer a sua parte”.

Após reunião com o secretariado ocorrida nesta quarta-feira (25), o prefeito determinou que que fosse realizado um levantamento sobre as dificuldades de cada pasta. Por meio de circulares, cada secretário tem orientado aos servidores sobre o uso racional da água nas unidades da prefeitura. A gerência da Saneago em Aparecida foi chamada a explicar o problema do desabastecimento na cidade nesta mesma reunião. Diante do quadro gravíssimo exposto, Gustavo Mendanha se dirigiu à sede da estatal, em Goiânia, no mesmo dia, cobrando medidas imediatas para sanar o problema em Aparecida.

A prefeitura ira disponibilizar oito caminhões pipas que se juntarão a outros cinco da Saneago para realizar a captação de  nos poços da estatal em Aparecida e a distribuição em prédios públicos públicos como escolas, CMEIs e unidades de saúde para garantir o atendimento à população. Além disso a Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Semma) intensificará a fiscalização no Ribeirão Lajes, que nasce em Aparecida e que abastece parte da cidade, para impedir a captação irregular de água e preservar o manancial. Por fim, o prefeito cobrou urgência da Saneago na construção do chamado “Linhão” do Sistema Produtor Mauro Borges, que foi inaugurado recentemente. “Trata-se da única forma de resolver definitivamente o problema em Aparecida”.

Após a fala do prefeito, o procurador-geral de Aparecida de Goiânia e presidente da Bacia do Rio Meia Ponte, Fábio Camargo, esclareceu que a solução não se dará rapidamente e lembra que apenas com o término da implantação do Linhão – obra que interligará o município ao Sistema Produtor Mauro Borges – a falta de abastecimento em Aparecida será solucionada de forma definitiva. “É necessário dois mil litros de água por segundo para abastecer toda a região metroplotana e sabemos que apenas metade disso está sendo fornecido. A Saneago precisa esclarecer de forma transparente se está ou não realizando racionamento e quais os critérios que utiliza para definir quais bairros recebem ou não o abastecimento” – pontua.

 

 

 

Fonte: Frederico Noleto
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